13º Congresso Mundos de Mulheres e 11º Fazendo Gênero

Coletivo Odara.
Aconteceu nesta segunda-feira, 31, a abertura oficial do 13º Congresso Mundos de Mulheres e o 11º Fazendo Gênero, que está sendo sediado na Universidade Federal de Santa Catarina. O evento está reunindo mais de 8 mil mulheres e conta com uma programação extensa que se encerra na sexta-feira, 04.
O coletivo Odara se apresentou no evento de abertura, recitando poemas e canções que diziam sobre as vivências das mulheres. As mulheres indígenas também se apresentaram, reivindicando às demarcações de terras dos povos indígenas e visibilidade para as causas das mulheres indígenas.
Na mesa de abertura estavam presentes a deputada Ana Paula Lima, representando a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, a reitora do Instituto Federal de Santa Catarina, Maria Clara Schneider, Julice Dias, representando a Universidade Estadual de Santa Cataria, o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, Luiz Carlos Cancellier de Olivo, a representante da coordenadoria geral do evento, Cristina Woff e a coordenadora da Marcha Mundial de Mulheres, Graça Samo.
Durante sua fala, Cristina Woff deu as boas-vindas as participantes e explicou o trajeto para a construção do evento e a importância do debate em um período delicado da política atual. “Uma grande conquista deste Congresso Mundo de Mulheres é o encontro entre a academia e os movimentos feministas e de mulheres”, afirma.

Mulheres Indígenas.
Dentre os temas que cruzam as discussões de gênero como etnia, saúde, política, religião e outros, Graça Samo destacou a pouca reflexão sobre a agroindústria e alimentação. “Estamos a comer veneno. Veneno que vem da semente, veneno que vem do agrotóxico. E dizemos que a luta é das mulheres trabalhadoras de campo, e nós estamos onde?”, disse a coordenadora da Marcha Mundial de Mulheres. Além disso, Samo também destacou as questões de militarização, as conjunturas políticas e lembrou do Dia da Mulher Africana (31).

Mesa de abertura. (Dir. à Esq.) Maria Clara Schneider, Cristina Woff, Luiz Cancellier, Julice Dias, Ana Paula Lima, Graça Samo.
A SAAD também foi destaque na abertura. O reitor Luiz Cancellier, falou sobre a trajetória da construção e implementação da Secretaria. “A atual gestão da UFSC, entende que, apesar de ser comum a fala que a Universidade não é uma ilha, a mesma não pode ser um espelho dos preconceitos alicerçados na questão de gênero existentes na sociedade e que contribui para um mundo de discriminação e violência. A partir deste entendimento, criamos aqui, por uma construção coletiva, a SAAD, com a missão de desenvolver ações institucionais, pedagógicas e acadêmicas direcionadas as ações afirmativas e a valorização das diversidades na universidade.”, explica. O reitor também destacou a pesquisa feita pela Secretaria que reuniu os dados de gênero/sexo da comunidade universitária e que pode ser consultada aqui.