Sexo/Gênero na UFSC
É pouco conhecida a composição por sexo/gênero dos estudantes de graduação, pós-graduação, docentes e técnico-administrativos das universidades, em particular a UFSC.
A Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades (SAAD) através da Coordenadoria de Diversidade Sexual e Enfrentamento da Violência de Gênero (CDGEN) buscou esses dados, que foram sistematizados pelo Setor de Apoio a Pesquisas e Projetos da SAAD. Abaixo temos representações gráficas, tabelas que podem ser baixadas e uma breve descrição dos dados de sexo/gênero na comunidade universitária da UFSC.
De forma geral, a comunidade universitária da UFSC demonstra um equilíbrio de gênero, onde das 44.735 pessoas temos 51,4% de homens e 48,6% de mulheres.
Mas quando olhamos por segmento da comunidade universitária, ou mesmo por centros e unidades da UFSC, aparece um cenário diferente e complexo. Há áreas de concentração com grande predominância masculina ou feminina e áreas de equilíbrio de sexo/gênero.
De forma geral, há forte concentração masculina nas ciências exatas (CFM) e engenharias (CTC, Joinville e Araranguá), e intensa concentração feminina nas áreas de educação (CED) e saúde (CCS).
Estudantes de Graduação:
Entre os estudantes de graduação presencial há mais homens (16.722) do que mulheres (15.046). Mas a diferença seria revertida em favor das mulheres caso o CTC fosse tomado à parte, pois esse centro responde pelo maior público masculino em termos absolutos, já que de seus 6.616 discentes 4.719 são homens.
Proporcionalmente também o CDS e o campus de Joinville têm grande maioria masculina. Por outro lado, o CED apresenta a maior disparidade na distribuição por sexo, porque para cada estudante homem há mais de três mulheres; e elas também são mais do que o dobro no CCS, onde a razão é de 2,65 para um. Sobre o registro de nome social na graduação em maio de 2017, havia 4 formados e 17 com matrícula regular.

Estudantes de Pós-Graduação:
Há mais pós-graduandas (3.886) que pós-graduandos (3.432).
Nos centros de Saúde, Educação, Comunicação e Expressão, Ciências Biológicas predominam as mulheres. Somente o Centro Tecnológico e o de Ciências Físicas e Matemáticas têm predominância masculina e, mesmo assim, menor do que na graduação no caso do CTC. Em nove dos quinze centros há mais estudantes mulheres do que homens. A maior diferença proporcional ocorre no CCS, onde elas são o quádruplo deles.

Servidores técnicos:
As mulheres são maioria no segmento dos Servidores Técnico-Administrativos em Educação da UFSC, superando os homens em 338 pessoas (1.777 mulheres para 1.439 homens).
A maior parte dessa diferença pode ser explicada pela preponderância feminina no Hospital Universitário, que é o setor com maior lotação de servidores na UFSC e onde os homens não chegam a perfazer um terço do total da força de trabalho. Em contrapartida, na Pró-Reitoria de Administração – segundo maior setor – há mais de quatro homens para cada mulher.
Em 20 dos 36 setores de lotação há mais mulheres ocupando cargos na carreira técnica.



Servidores docentes:
O corpo docente é majoritariamente masculino: há 371 professores a mais do que professoras num universo de 2.433.
O centro com o maior percentual de homens no exercício de atividades de ensino é o CFM (83,7%). Contudo, o CTC é o local que mais contribui para a preponderância masculina no segmento, por ter o maior corpo docente da universidade, somando 374 pessoas, sendo que os homens são 81%. Ademais, também em Blumenau e Joinville os homens são mais do que o dobro das mulheres na docência. As professoras são maioria somente no CCE, no CCS e no CED.

